terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

1922 (2017)

Filme sugerido por meu amigo e "membro do fã-clube de Stephen King", Rodrigo Barreto. Espero que goste da análise 💓💓💓

Clique aqui para ler o texto de Rodrigo, no qual me baseei para a análise.

 
1922, dirigido por Zak Hilditch, é um filme de suspense e terror dramático baseado no conto de mesmo nome do autor de terror (e às vezes fantasia) Stephen King. A narrativa começa de forma lenta, mas apenas para nos situar no período de tempo e, principalmente da situação familiar (e muito familiar pra muita gente). Aqui temos uma história que nos é tão familiar (e infelizmente, ouso dizer, que principalmente às mulheres) pelo seu personagem principal. Um homem que está sempre se justificando sobre suas decisões, apenas para não dar o braço a torcer e fazer as coisas do jeito das outras pessoas (por quem ele não tem zelo nenhum, tratando como ferramentas que pode usar como e quando bem quiser), e claro, ao invés de enfrentar as consequências, se esconde atrás de mais decisões que colocam em risco todos que conhece, mas é isso, um homem que não se importa, que é dono de tudo e todos, um ser que se acha um deus, acima de tudo e todos. A pior parte disso, é que todos nós (homens) temos dentro de nós um homem (de várias faces) desse tipo: manipulador, agressivo, egoísta e insensível. Se não nos fiscalizarmos (muitas vezes uns aos outros) estaremos apenas colocando esse perigo às outras pessoas e para nós mesmos pra fora. Este "homem calculista" (palavras do filme) que não mede ou não se importa com as consequências de seus atos, como diz meu amigo, o escritor Rodrigo Barreto, deve ser morto, e sempre por nossas próprias mãos, deixando de lado o comodismo e privilégio de sermos esse homem, e nos fortificando pela inquietação e incômodo. Dia após dia precisamos sufocar este nosso lado sem dar trégua ou misericórdia, porque só isso pode trazer conforto real aos que nos cercam, e alívio a nós e nossa consciência.

AVISO: Feminicídio, manipulação parental e algumas cenas de violência gráfica.
 
Pôster do filme.

Sinopse: Um homem toma várias e várias decisões que seriam para benefício próprio (justificando aos outros de que é pelo bem dos próximos), sem levar em conta a "lei do retorno".

"E eu acredito que há outro homem dentro de cada homem. Um estranho. Um homem calculista."

"Assassinato é pecado. Assassinato é desgraça. Mas assassinato também é trabalho."

"Sempre que eu tentava me ocupar com trabalho e afastar os pensamentos, eles me encontravam."

"Acho que se eu ficar de joelhos, Deus me matará."

 
Um homem que prova que enterrar seus problemas não é resolvê-los, mas sim escondê-los e fugir deles.


Trailer:
 
 

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Espero que tenha gostado, volte sempre!
- Rhanon Guerra