quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

O Jogo do Exterminador [Ender's Game] (2013)

O Jogo do Exterminador, dirigido por Gavin Hood, é um filme poderoso, não só por seu elenco de peso, por seus efeitos especiais lindos, cenas de nos deixar arrepiados, torcendo e gritando pelos personagens,  mas porque utiliza da ficção científica e momentos de fantasia pra falar sobre um dos assuntos mais atuais para nós. O filme trata principalmente da expectativa que é jogada sobre os ombros dos mais jovens (principalmente adolescentes), seja pelos familiares, pela escola, pela sociedade em geral, mas no filme isso é visto através de que os adolescentes são treinados a ser os próximos heróis da humanidade, enquanto aqui na vida real, "as únicas" pressões são sobre formação profissional, ter um bom emprego, ter um bom casamento, ter bons filhos, netos, bisnetos, ter uma boa aposentadoria (Isso caso você não faça parte das "minorias", senão a pressão é no mínimo o dobro, e trazendo perigo à sua vida). Enfim, não importa o que a própria pessoa queira, temos que ser os heróis, os exemplos vivos, de toda uma geração, seja a anterior ou a próxima à nossa. E como no filme é mostrado, muitas vezes somos usados descaradamente a fim disso, "pelo nosso bem". O filme traz sacadas geniais sobre controlar o ambiente para manipular os sujeitos, sempre em prol de um bem maior. Temos sempre a sensação de dúvida quanto aos métodos utilizados. 

Pôster do filme

Sinopse: 30 anos após uma invasão alienígena, a sociedade agora tem como objetivo formar os heróis e protetores da próxima geração. Uma guerra está para começar, a questão é, os envolvidos saberão quando esta começará (ou quando terminará)? 

"No momento em que verdadeiramente entendo meu inimigo, o suficiente para derrotá-lo, então naquele mesmo momento eu também o amo."

Parte do treinamento é confiar nos companheiros

Trailer:

Projeto Gemini [Gemini Man] (2019)

Projeto Gemini, dirigido por Ang Lee, é um filme que me enganou pelo trailer. Se vendia mostrando apenas o clone rejuvenescido de Will Smith, mas foi além. Tem uma ótima história envolvendo conflitos entre pai e filho, nova e velha geração, em meio a muita ação desenfreada e conspirações governamentais. Em relação aos efeitos para rejuvenescerem o ator, nitidamente percebemos a computação gráfica. Às vezes fica comparável até a algum videogame. O personagem faz movimentos muitas vezes robóticos, nada humanos, e seu rosto às vezes parece feito de plástico, principalmente durante a conclusão. Apesar disso, é um filme divertido, com ótimas atuações (com um elenco desses, bicho), e uma história que entretém satisfatoriamente.

Pôster do filme

Sinopse: A clássica trama sobre queima de arquivo, isso nunca fica velho. Dessa vez com clonagem e organizações paramilitares.

"Aquilo com o que você está lutando é o medo. Abrace-o e depois supere-o."

Will Smith confrontando Will Smith.

Trailer:

Frozen 2 (2019)

Filme escolhido e recomendado por LAÍS GUERRA, espero que goste da análise 💓💓💓


Assisti Frozen 2, dirigido por Jennifer Lee e Chris Buck, um filme que aproveita os personagens já estabelecidos por seu antecessor, desenvolvendo primeiro o roteiro para depois mostrar o desenvolvimento dos personagens. Houveram poucas mudanças, Elza continua não sendo 100% honesta com os outros sobre seus pensamentos/sentimentos, Anna continua super reagindo a isso, Kristoff quer continuar aproveitando seu relacionamento, mas não culpa Elza ou Anna de "atrapalharem", ele ganha um ponto comigo, Olaf agora é o filósofo da turma, e Sven não se destaca muito dessa vez. Podem ser que simplesmente sejam o que são, mas talvez o personagem mais sensato do filme seja Olaf ou Sven, enquanto a mais insuportavelmente irritante seja Anna. Ok, claro que dá pra entendê-la, não quer dizer que não encha o saco toda vez que apareça. Tratando sobre as músicas, são cansativas. São importantes para entender a história, mas cansam após os primeiros agudos, e quando aumentam o tom então... Talvez seja bom assistir legendado caso queira apertar o mute enquanto assiste.
Brincadeiras à parte (o filme é um musical e sempre vai ser um musical, se este não tivesse suas músicas, seria outro filme), a história em si tem boa evolução, trazendo mais elementos fantásticos a este universo e reviravoltas e mudanças importantes para seus personagens.

Pôster do filme

Sinopse: As duas irmãs revivem o passado em mais uma aventura ligada a auto conhecimento (literalmente). Olaf continua fofíssimo e Sven continua sendo a rena "falante" mais companheira que há. 

“Algum dia verei que isso faz sentido. Um dia quando eu for velho e sábio.”

Essa coisinha é tão fofa ❤❤❤

Trailer:

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Uma Dobra no Tempo [A Wrinkle in Time] (2018)

Uma Dobra no Tempo, dirigido por Ava DuVarney, é um filme intenso. Começa como um filme fofo da Disney, talvez um pouco perdido em seu início, mas se você tiver paciência, logo entenderá o quão forte é sua mensagem. Se inicia como um filme de ficção científica, mas já por sua linguagem, podemos perceber que também é um filme de fantasia. Apesar disso, toca em temas onde as discussões andam bem atuais, e tratando principalmente dos adolescentes aos quais não faltam motivos para sentirem tanta raiva, principalmente de si, por tentarem caber em tantos padrões ditos como normais por séculos de opressão. O filme traz personagens inteligentes e interessantes, apesar de melhor profundidade ao background dos mesmos (talvez veríamos numa continuação), mesmo assim, o filme termina de forma satisfatória, fechando seu ciclo. No fim, achei a reviravolta espetacular, o filme passa por ficção científica, fantasia, filme teen, mas minha surpresa foi pelo terror, foi realmente inesperado pra mim.

Pôster do filme


Sinopse: Guerreiras intergaláticas começam a aparecer na vida de uma família após o sumiço de um cientista apaixonado por seu trabalho. Aparatar tesseratar virou uma realidade.

“E se estamos aqui por um motivo? E se nós não estivermos apenas no universo mas o universo está dentro de todos nós?”

Momento no qual o filme mostra à que veio. Na foto vemos Meg, Charles Wallace e Levi, respectivamente.


Trailer:

2010: O ano em que faremos contato [2010:The Year We Make Contact] (1984)

CLIQUE AQUI PARA LER A ANÁLISE DA PREQUELA DESTE FILME.


2010: O ano em que faremos contato (1984), continuação ao filme 2001: Uma odisséia no espaço, é um filme que utiliza da história do primeiro para contar uma história completando diferente do mesmo universo, dirigido por Peter Hyams. Este é um suspense mais "comercial", que nos oferece uma expectativa por conta da história em si, e não por ações de personagens "em câmera lenta". 2001 é um cult, um clássico, e sei que estou sendo duro com ele sem levar em conta todo seu significado para a época, mas 2010 traz um tipo de conclusão à história, não das melhores, mas satisfatória. Apesar do roteiro seguir a história, podemos ver que é um filme totalmente à parte, tanto que visualmente está bem aquém ao primeiro, mesmo este tendo sido lançado 16 anos antes.
Os personagens são muito mais carismáticos (ou pelo menos são explorados), a trama espacial é posta em foco  (ao invés de um thriller de psicopata versus mocinho). Ok ok, tudo bem, aquele fim também foi meio brochante, mas pessoalmente achei melhor do que o anterior. 

Pôster do filme

Sinopse: 9 anos se passaram, e o chefe do departamento aeroespacial responsável pela missão de 2001 ainda se culpa pelo acontecido, e se alia à um grupo improvável (aos EUA) para sua própria missão de ida à espaçonave Discovery. O monolito da evolução está de volta e trouxe consigo um velho amigo. 

Dr. Chandra, fazendo sua "mágica" à bordo do Discovery

Trailer: