segunda-feira, 22 de junho de 2020

A Vida Invisível [FILME NACIONAL] (2019)

Filme escolhido por LAÍS GUERRA, espero que goste da análise 💓💓💓


A Vida Invisível, filme brasileiro em parceria com a Alemanha, dirigido por Karim Aïnouz, é um filme de drama baseado em um livro de mesmo nome. É um filme com uma história muito forte, que mesmo nos deixando triste por ser tão realista, ainda nos dá aquela sensação de que foi bom ter assistido. A trama é centrada em duas irmãs, de uma família de portugueses e seus filhos no Brasil. O filme é muito realista, sua trama se passa nos anos 50, no Rio de Janeiro. Conhecemos ou conseguimos imaginar facilmente algum familiar, alguma mulher da nossa família, uma das nossas bisavós, avós, tias, com idade para ter passado por alguma história assim, ou realmente passou e não sabemos, pois é uma daquelas histórias que não são faladas em voz alta,não são contadas aos descendentes, apenas acontecem, marcando muitas e muitas pessoas e famílias.Talvez nem precisemos ir longe, podemos também encontrar mulheres numa realidade mais moderna dessa história do filme. Podemos não, encontramos. Quantas mães solteiras conhecemos que foram expulsas de suas famílias, casas, por terem feito uma escolha e não terem tido chance de serem acolhidas depois de já terem pago com parte de suas vidas (às vezes praticamente toda ela) por seus erros. Apesar do filme mostrar uma família que praticamente era bem burguesinha, quantas mulheres hoje conhecemos que passaram por isso com ainda mais intensidade do que mostrado no filme? Seja pela cor da pele, seja pela classe social mais baixa, seja por apenas serem mulheres que encontraram homens que se acharam melhores que elas, a ponto de controlarem um ou mais aspectos de suas vidas, com consequências que vão de serem silenciadas até perderem a vida. Assistimos ao filme vendo a história de duas irmãs, mas a verdade é que o ponto chave sãos os homens de suas vidas, ou que fizeram parte delas, pois nota-se a diferença da força de escolhas de um homem e de uma mulher, onde a mulher deve pagar toda sua vida por um erro, enquanto o homem tem poder para julgar e não sentir culpa.
Voltando ao filme, a filmografia é bonita, as atuações estão ótimas, parecendo um pouco travadas no início, até percebermos que se tratam dos anos 50, e até elas passarem a viver suas vidas realmente. O filme começa com uma cena de metáfora, na qual passa o sentimento que vai ser passado por todo o filme através da história das irmãs.

Se chegou até aqui, me desculpe pelo tamanho do texto, não quis me prolongar, mas é esse o sentimento que o filme causa. Se você o assistiu, é isso. todos sentimos que há algo de errado em nossa sociedade, aqui, vemos que somos nós, homens. Esse é um filme para todos (acima de 16 anos), mas especialmente para nós homens, para vermos as consequências de nossas escolhas e do que fazemos.

AVISO: Cenas de nudez e de sexo tristes e dolorosas.

Pôster do filme.

Sinopse: Duas irmãs partem em direções diferentes na vida, mas não tão opostas como os outros fazem parecer. Como os homens em suas vidas fazem parecer.

"Família não é sangue. Família é amor."

Certamente uma das cenas mais tensas do filme para quem viu a vida das irmãs até aqui.

Trailer:

2 comentários:

  1. Fugi tanto desse filme, que me acertou em cheio quando assisti. Muito forte para quem se debruça a pensar numa sociedade que conserte os erros da que vivemos. Precisamos pensar masculindades e feminilidades. A quem isso serve. Filme fantástico embora achei as cenas de sexo desnecessárias. Não queria ter visto o pinto do dublê de corpo de Duvivier daquele angulo rsrs.

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    1. KKKKKKK. Pra um filme que se propõe à mostrar as coisas com tanto realismo, até dá pra perdoar, mas são muitas cenas, por muito tempo.

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Espero que tenha gostado, volte sempre!
- Rhanon Guerra