Laranja Mecânica, dirigido por Stanley Kubrick, é um drama violento em todos os sentidos. Baseado em um livro de mesmo nome (o original russo, e sua versão americana, sem o último capítulo) onde a história é narrada por um delinquente juvenil psicopata, chefe de uma gangue de delinquentes que praticam violência de todos os tipos imagináveis, estupros e torturas apenas por prazer e diversão. Após ser preso, o protagonista passa por um processo experimental com efeitos colaterais, utilizados para "controlar" os ex-delinquentes. É interessante ver como de certa forma o experimento o impede de realizar seus atos, mas não o impede de desejar fazê-los, além dos reais motivos para ser contra ou a favor deste experimento. A trama se passa em um tipo de futuro (para a época na qual o filme foi produzido) e é engraçado ver a tecnologia que acreditavam que existiria no futuro, assim como a imagem que eles tinham de uma sociedade futurista, super pautada em sexo e na imagem da mulher como objeto sexual (além do filme já não ter uma personagem feminina de importância para a trama, que não seja para sofrer alguma violência), e atualmente, na nossa Matrix realidade, vivemos uma onda crescente de conservadorismo, que tenta mais do que nunca fazer a mulher retornar "ao lugar" da servidão (em todos os sentidos). Laranja Mecânica é um filme que é interessante por trazer uma discussão sobre a redenção pautada por Estado e religião, tem boas críticas, mas não ter utilizado o capítulo final da obra original parece ter seus motivos nefastos. É um bom filme, mas que nos deixa com gosto amargo na boca, e que mexe com nossos nervos. Certamente não é um filme para qualquer pessoa, cheio de gatilhos. Boa sorte se for assistir.
AVISO: Gatilhos de estupro e violências físicas (não-gráficas).
Sinopse: Um delinquente juvenil tem "um dia de azar", e para se ver livre, aceita passar por um experimento científico. As consequências disso (e de algumas coisas da qual já fez) caem sobre ele.
Alex diz que só quer se divertir, e só se arrepende do que faz quando deixa de ser divertido para ele. |
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- Rhanon Guerra