Viagem Alucinante [Enter the Void] (2009)

Filme sugerido por Rodrigo Barreto, espero que goste da análise. 💗💗💗

Viagem Alucinante, dirigido por Gaspar Noé, é um filme que foi feito em parceria entre Canadá, França, Itália e Alemanha (apesar de se passar em Tóquio, Japão). Sua trama é centrada na vida de um casal de irmãos, por dentro do rapaz, que observa sua irmã por vários momentos de sua vida. Esse filme tem uma estética bem parecida com Cada Vez Que Eu Morro (CLIQUE AQUI PARA LER A ANÁLISE), tratando sobre vida e morte, sobre como as consequências da vida (e morte) de uma pessoas recaem sobre os seus próximos. preciso dar um aviso sobre este filme, de início de vai ter uma viagem psicodélica, o filme não é todo desse tipo, mas ter esse tipo de viagem, mas no que seria o mundo real, algo mais sóbrio, vendo a vida de várias pessoas. Caso você sinta vontade de desistir por conta deste momento, aconselho a aguentar mais um pouquinho, pra ter certeza se não é um filme que te traria uma experiência interessante. Foi o que achei, a trama é simples, mas nos apegamos a ela, assistindo a vida dos personagens e memórias ligadas a estes momentos (o que é MUITO interessante), uma história contada do ponto de vista de um personagem principal que não tem voz, uma jornada realmente sem igual. Um filme bem fora da caixinha, todo em primeira (e terceira) pessoa, e que nos mostra que somos grãos de areia em um deserto, e ao mesmo tempo, nos mostra que somos grãos muito importantes para outros grãos, e sucessivamente. Um filme triste e melancólico, mas que traz algo positivo e profundo em seu fim, que a vida deve ser aproveitada, mas com responsabilidade, por nós e por quem amamos.

AVISO: MUITAS cenas de nudez, sexo e uso de drogas.

Pôster do filme.

Sinopse: Um traficante tem a oportunidade de assistir a vida dos seus próximos após sua morte, junto de suas memórias que o levaram até este momento.

Como seria assistir sua própria vida de outro ângulo.

Trailer:

Eles Vivem [They Live] (1988)

Eles Vivem, dirigido por John Carpenter, é um filme de ação, suspense e ficção científica que é ao mesmo tempo fora e dentro da caixinha (quase um gato de Schrödinger). Ao mesmo tempo em que tem uma trama louca, curiosa e muito inteligente, com ótimas críticas, cai em alguns clichés beeem comuns dos anos 80, principalmente por parte de seu protagonista, que é um brutamontes cheio de frases de efeito, que vai de peão de obra à uma força paramilitar de um homem só em questão de minutos. Isso não tira o brilho do filme. Eu, particularmente, adorei a trama e adoraria saber como a história se seguiu após seu "fim". Adorei as críticas ao capitalismo desenfreado e suas demandas subliminares, em todos os lugares  e a todo momento, nos fazendo seguir um padrão de vida estipulado e nunca sabemos por quem, aqui retratados como "Eles". Nos sentimos assim durante nosso dia a dia, tornando até entendível o cansaço do protagonista e sua busca em dividir com alguém tudo que está acontecendo. Em tempos loucos na política, onde as pessoas tem sua própria verdade e enxerga os seus próximos monstros à sua volta, este é um filme mais do que necessário, talvez para ajudar a enxergar que tudo que estamos fazendo é nos matar, de uma forma ou de outro, mas o motivo é sempre o mesmo, por Eles.

Pôster do filme.

Sinopse: Um cidadão americano que anda sempre na linha tem um dia de fúria após descobrir uma conspiração na elite mundial.

"Nós todos nos vendemos todo o santo dia, e é melhor estar no time que está ganhando."

Como o mundo realmente é, apenas não conseguimos enxergá-lo.

Trailer:

Superman: Entre a Foice e o Martelo [Superman: Red Son] (2020)

Superman: Entre a Foice e o Martelo, dirigido por Sam Liu, é um animação da DC, de ficção científica, ação e drama, que trata de um universo onde a nave do Superman caiu na URSS (União Soviética), ao invés de cair nos EUA. Superman passa a usar seus poderes em prol do Estado, sendo usado como propaganda para o governo (nada muito diferente do "outro lado", onde é visto como uma celebridade, sem tanta interferência do governo, mas com o governo usando sua influência com a mídia). A trama da animação é centrada principalmente entre dois personagens, e suas evoluções com o passar do tempo, o Superman e Lex Luthor, um na URSS e outro nos EUA. Vemos as importâncias das ações de um na vida do outro, e as consequências que estas ações causam para todo o mundo. Uma personagem muito interessante neste embate é a Mulher Maravilha, que está sempre disposta a apontar os culpados para o mundo ser o campo de batalha que é, que sempre foi, um lugar onde o povo, a população não importam nem são interessantes, mas sim as necessidades de se inflar egos, e, basicamente, ter poder, ser o mais poderoso, ter mais vidas e controle em suas mãos. Esta animação é muito interessante, para mostrar que enquanto o Homem (estudos usando como base apenas o homem; ambientes, políticas e condições de trabalho adaptados apenas ao homem; leis em todos os âmbitos que beneficiem principalmente aos homens; etc.) estiver no comando, nenhum sistema de governo será justo e eficaz para a sociedade.

Pôster do filme.

Sinopse: O Superman é garoto propaganda soviético. O governo americano tem medo.

Americano ou soviético? Qual a maior diferença a partir da criação de uma pessoa?

Trailer:

A Esfera [Sphere] (1998)

A Esfera, dirigido por Berry Levinson, é um suspense com ficção científica que tem tudo para ser como muitos outros. Governo com uma ação sigilosa, cientistas com ego inflado, militares carrancudos e metidos à besta, menosprezo pela mulher. Apesar de tudo isso, o filme sai do padrão com detalhes sutis, como o papel dos militares no filme, uma trilha sonora que evoca a sensação de uma descoberta fantástica, e em momentos tensos, não utilizando muito da trilha sonora, deixando o "caminho" preparado para um possível jumpscare (quando algo alarmante acontece sem qualquer aviso, causando um susto em quem assiste), os personagens principais tem certo carisma, a relação deles é ótima e vai levando o filme nas costas, junto dos mistérios envolvendo o "acidente aéreo". A reviravolta da trama também é ótimo, de certa forma não chega a ser inesperada, mas é condizente com o que vem acontecendo até então e com suas consequências, trazendo a noção (ou falta dela) do que é real ou não, do que pode ser mudado ou não. Um ótimo filme para se assistir acompanhado para se conversar sobre.

Pôster do filme.

Sinopse: Um grupo de especialistas em áreas bem distintas é chamado à um local de acidente aéreo. Ninguém falou se era um avião.

Não se sabe o que é, nem o que faz.

Trailer:

Fração de Segundos [10 Minutes Gone] (2019)

Filme escolhido e NÃO recomendado por LAÍS GUERRA 😂😂😂, espero que goste da análise 💓💓💓

Fração de Segundos, dirigido por Brian A. Miller, é um filme de ação, com um mistério que, ao meu ver, não foi nada atraente. Uma trama que tenta a todo custo ser super misteriosa, um filme que apela a todo segundo à uma trilha sonora de suspense por praticamente todo o seu tempo, personagens sem carisma, ação muuuuuito mal feita, atuações péssimas. Eu queria realmente não ser tão duro, a filmografia não é tão ruim, mas a câmera chacoalhando parece que foi o máximo que eles pensaram que poderiam fazer pra transformar o filme numa "ação frenética", e está muuuuuuuito longe disso. Tem uma cena específica, onde TUDO que aconteceu no filme até então é recapitulado num noticiário, e temos que assistir toda a reportagem no jornal, são apenas 3 minutos e meio de reportagem, mas parece uma eternidade, com cenas se repetindo e alguns closes em uma moça assistindo (que tem apenas uma fala no filme, e importância zero na trama). A trama é muuuuuuuuito previsível, desde o início já temos uma idéia de até onde a história vai. O fim da trama só mostra que nunca estivemos errados sobre como estava sendo previsível, e é o momento do filme onde as atuações, que já não eram nada boas, piorarem ainda mais. É surreal um filme com um elenco desses ter esse nível de atuação. É realmente um filme bem fraco, assista por sua conta em risco.

Pôster do filme.

Sinopse: Um assalto dá errado, tudo leva a crer em sabotagem. E é isso.

Uma das muitas cenas de ação vergonhosas do filme.

Trailer:

A Vida Invisível [FILME NACIONAL] (2019)

Filme escolhido por LAÍS GUERRA, espero que goste da análise 💓💓💓

A Vida Invisível, filme brasileiro em parceria com a Alemanha, dirigido por Karim Aïnouz, é um filme de drama baseado em um livro de mesmo nome. É um filme com uma história muito forte, que mesmo nos deixando triste por ser tão realista, ainda nos dá aquela sensação de que foi bom ter assistido. A trama é centrada em duas irmãs, de uma família de portugueses e seus filhos no Brasil. O filme é muito realista, sua trama se passa nos anos 50, no Rio de Janeiro. Conhecemos ou conseguimos imaginar facilmente algum familiar, alguma mulher da nossa família, uma das nossas bisavós, avós, tias, com idade para ter passado por alguma história assim, ou realmente passou e não sabemos, pois é uma daquelas histórias que não são faladas em voz alta,não são contadas aos descendentes, apenas acontecem, marcando muitas e muitas pessoas e famílias.Talvez nem precisemos ir longe, podemos também encontrar mulheres numa realidade mais moderna dessa história do filme. Podemos não, encontramos. Quantas mães solteiras conhecemos que foram expulsas de suas famílias, casas, por terem feito uma escolha e não terem tido chance de serem acolhidas depois de já terem pago com parte de suas vidas (às vezes praticamente toda ela) por seus erros. Apesar do filme mostrar uma família que praticamente era bem burguesinha, quantas mulheres hoje conhecemos que passaram por isso com ainda mais intensidade do que mostrado no filme? Seja pela cor da pele, seja pela classe social mais baixa, seja por apenas serem mulheres que encontraram homens que se acharam melhores que elas, a ponto de controlarem um ou mais aspectos de suas vidas, com consequências que vão de serem silenciadas até perderem a vida. Assistimos ao filme vendo a história de duas irmãs, mas a verdade é que o ponto chave sãos os homens de suas vidas, ou que fizeram parte delas, pois nota-se a diferença da força de escolhas de um homem e de uma mulher, onde a mulher deve pagar toda sua vida por um erro, enquanto o homem tem poder para julgar e não sentir culpa.

Voltando ao filme, a filmografia é bonita, as atuações estão ótimas, parecendo um pouco travadas no início, até percebermos que se tratam dos anos 50, e até elas passarem a viver suas vidas realmente. O filme começa com uma cena de metáfora, na qual passa o sentimento que vai ser passado por todo o filme através da história das irmãs.

Se chegou até aqui, me desculpe pelo tamanho do texto, não quis me prolongar, mas é esse o sentimento que o filme causa. Se você o assistiu, é isso. todos sentimos que há algo de errado em nossa sociedade, aqui, vemos que somos nós, homens. Esse é um filme para todos (acima de 16 anos), mas especialmente para nós homens, para vermos as consequências de nossas escolhas e do que fazemos.

AVISO: Cenas de nudez e de sexo tristes e dolorosas.

Pôster do filme.

Sinopse: Duas irmãs partem em direções diferentes na vida, mas não tão opostas como os outros fazem parecer. Como os homens em suas vidas fazem parecer.

"Família não é sangue. Família é amor."

Certamente uma das cenas mais tensas do filme para quem viu a vida das irmãs até aqui.

Trailer:

Jogador Nº1 [Ready Player One] (2018)

Jogador Nº1, dirigido por Steven Spielberg, é uma carta de amor aos gamers que passaram pelos anos 80 e 90. Um filme recheado de referências de jogos, outros filmes, músicas, mesmo se passando num futuro distópico. O filme tem uma ação desenfreada e aventura, num mundo altamente tecnológico e em ruínas, com pausas para "montar o quebra cabeças". Sua história é rica em detalhes e fácil de se acompanhar, seu visual também é bem detalhado. Jogador N°1 é um trabalho dedicado e delicado, repassando a sensação de se jogar um jogo, acredito que mesmo para os que não estão habituados a jogar. O filme ainda, bem sutilmente, mostra a diferença entre quem tem condição financeira melhor ou pior do que outro. Por mais que se passe num futuro altamente tecnológico, o filme se passa (as partes do mundo real) em uma comunidade, onde a tecnologia é usada como fuga da realidade, o que em nossa realidade temos com bebidas, drogas, sexo,  religião e fanatismos em geral, e na última década (pelo menos), entretenimento (da TV às redes sociais). Jogador N° 1 tem muito mais do que parece, não é a toa, é Steven Spielberg. Vale dar uma chance, um ótimo filme.

Pôster do filme.

Sinopse: Um órfão no ano de 2040 é um tipo de caçador de relíquias para mudar sua vida, mas seu esforço pode mudar a vida de todas as pessoas, dos dois mundos. 

Wade no seu mundo.

Trailer: 

Shaft (2019)

Shaft, dirigido por Tim Story, é um filme de comédia e ação, onde a história é focada num ex-policial suburbano politicamente incorreto e seu filho engomadinho. Shaft já é um personagem conhecido no cinema e TV, como um policial barra pesada anti ético, mas que faz bem seu serviço protegendo sua área (às vezes pondo em ainda mais perigo). Aqui temos ele como um pai ausente e tutor, numa espécie de "passar o bastão". Acredito que o filme elogiou bem seu material passado com isso, assim como As Panteras (CLIQUE AQUI PARA LER A ANÁLISE), ao invés de ser simplesmente um remake ou reboot, apresentando seus personagens e histórias para uma nova geração sem simplesmente passar por cima das anteriores, ignorando-os. Shaft é um ótimo filme, seus personagens são carismáticos demais (como não adorar Samuel L. Jackson?), e os embates entre os personagens são hilários. Vale a pena dar uma conferida no filme, dá até uma vontadezinha de assistir os anteriores.

Pôster do filme.

Sinopse: Um ex-policial e seu filho vão acabar passando algum tempo juntos ao tentar desvendar uma conspiração envolvendo grupos bem complicados da sociedade.

As 3 gerações dos Shaft juntas.

Trailer:
 

O Reino dos Gatos [Neko no Ongaeshi] (2002)

O Reino dos Gatos, dirigido por Hiroyuki Morita, é mais um anime do Studio Ghibli, e sinceramente, achei bizarro, de um jeito hilário. É engraçado como as coisas simplesmente vão acontecendo sem explicação e nossa "heroína" desiste de se perguntar o motivo, simplesmente deixando fluir, ouvindo sua intuição falar. Esse anime traz um dos maiores galãs que já vi na história do cinema ou TV, o Barão faz qualquer um ficar apaixonado. O sentimento de se aventurar com os personagens ultrapassa a barreira que já senti com filmes, jogos ou livros. O constante aumento de perigo e adrenalina prende nossa atenção, mas antes disso, a estranheza do mundo apresentado. Parece muito ter sido inspirado em Alice no País das Maravilhas. Tanto lá como aqui, a lição é de se deixar levar, deixar fluir a vida ao invés de se afogar num rio de ansiedade, como nos acontece muitas vezes. Ao fim, o que acontece está feito e não podemos voltar atrás. O Reino dos Gatos parece com toda certeza que não faz sentido algum, e talvez não faça, mas é uma ótima aventura a qualquer bom aventureiro. 

Pôster do filme.

Sinopse: Uma garota desastrada salva um gato de sua morte certa, tanto ele quanto vários outros passam a tentar recompensá-la, mais atrapalhando do que ajudando.

O primeiro encontro entre Haru e o Barão.

Trailer:
 

Clique aqui e veja onde o filme está disponível em "Watch on this services".

Brightburn - Filho das Trevas [Brightburn] (2019)

Brightburn - Filho das Trevas, dirigido por James Gunn, é um filme de terror com sustos do tipo cliché (que nunca ficam velhos), a novidade é que podemos inserí-lo no gênero de super herói (ou vilão). É um filme divertido por prender nossa atenção em saber se os personagens vão conseguir escapar de tal situação. Brightburn tem atuações muito boas, uma ação muito rápida e bem feita, e traz um dos vilões mais psicopatas dos últimos tempos. O filme traz uma nova história baseada no Superman, caso ele não fosse um herói e não tivesse complexo de deus. Sua história tem um fim corajoso e interessante, não posso dizer que era inesperado, era uma das únicas "conclusões" possíveis. Estou ansioso por uma continuação, ainda que após o fim do filme, não seja realmente necessária uma. Apesar da grande quantidade violência do filme (no caso, a violência gráfica, explícita), é um ótimo filme, principalmente para quem tem nervos de aço.

AVISO: MUITA VIOLÊNCIA GRÁFICA. 

Pôster do filme.

Sinopse: Um casal que não consegue engravidar ganha um filho dos céus. 10 anos depois, seus pais descobrem que acolher não foi a melhor das idéias.

Brandon Breyer, com seu uniforme.

Trailer:

Ataque ao Prédio [Attack on Block] (2011)

Ataque ao Prédio, um filme britânico de ação e ficção científica, mas que também possui terror e comédia, dirigido por Joe Cornish, é bem fora do padrão. É um filme simples, sua história se passa toda num mesmo ambiente, e entre os mesmos personagens. A história é focada em um grupo de adolescentes que após realizarem um assalto, passam a lidar com uma invasão alienígena (além da polícia e o chefe traficante). É indiscutível como o filme trata da desigualdade social, seja no playboy filhinho de papai que vai no gueto só pra comprar droga, a mulher branca que mesmo morando no gueto ainda é bem vista pela sociedade, ou os jovens negros, que desde cedo são explorados com "trabalho" infantil (da forma mais próxima a eles, e a qual os acolhem, além de dar certo status). Além disso, temos a masculinidade tóxica sempre ali, fazendo todos os homens (e garotos) se arriscarem para provarem que são homens o suficiente, não se importando também com as vidas de quem estejam próximos a eles, e sempre tentando justificar seus erros injustificáveis. Ataque ao Prédio é um filme divertido, cheio de ação, faz rir, assusta, e ainda nos faz pensar. 

AVISO: Contém violência gráfica. 

Pôster do filme.

Sinopse: 5 assaltantes adolescentes tem que lidar com uma invasão alienígena, a polícia e um traficante em seu encalço.

"O governo criou aquelas criaturas para matar garotos negros. Primeiro mandaram drogas pra periferia, depois enviaram armas. Agora enviaram monstros para nos pegar. Eles não se importam, cara. Não estamos nos matando rápido o bastante, então decidiram acelerar o processo."

A gangue pondo seu plano em ação.

Trailer:

Fullmetal Alchemist [Hagane no renkinjutsushi] (2017)

Fullmetal Alchemist, dirigido por Fumihiko Sori, é baseado no mangá e anime de mesmo nome. Filme japonês com ação e Dark Fantasy (fantasia com elementos históricos do mundo real), e posso dizer que de certa forma é bem fiel ao material original (ainda mais se eu comparar com o filme baseado na obra japonesa Dragon Ball Evolution, por exemplo), mas só peca realmente por ser um live action. Vou explicar melhor. Alguns materiais asiáticos são fantásticos demais para ficarem bonitos ou interessantes sendo transformados em um filme com pessoas reais. Tanto o anime quanto o mangá tem cenas hilárias por seus exageros nos traços, e no filme isso não acontece (seria bem difícil de acontecer), dando mais foco aos dramas (super valorizados). Outro ponto negativo é (como já era de se esperar) a pressa em adiantar a história, por mais que o filme termine longe do fim do material original, é nítido o quanto eles tentam apressar momentos da história, sem dar tempo para nós respirarmos e entendermos coisas importantes acontecendo.  Ainda assim, é um bom filme, com uma ambientação fantástica, misturando fantasia com a Segunda Guerra Mundial. Traz também boas atuações (nada muito caricato ou forçado), e suas cenas de ação tem boa computação gráfica, tirando algumas criaturas que parecem de massinha.É um bom filme no fim das contas, e dá vontade de saber como será a continuação.

Pôster do filme.

Sinopse: Dois irmãos tentam trazer alguém que amam de volta a vida, mas o preço é cobrado imediatamente. Suas vidas são baseadas agora nessas consequências e em como vão consertar as coisas. 

Ed e Al, do mangá e animes para o filme.

Trailer:

PARA LER A ANÁLISE DA SEQUÊNCIA DESTE FILME, CLIQUE AQUI.

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Os Sussurros do Coração [Mimi wo Sumaseba] (1995)

Os Sussurros do Coração, dirigido por Yoshifumi Kondo, é mais um anime do lendário Studios Ghibli. Uma história de romance, auto conhecimento e destinos entrelaçados, dessa vez com menos magia e mais "pé no chão", sem deixar de lado a doçura já conhecida como marca registrada do estúdio. Os desenhos são lindos, com paisagens incríveis e detalhes de encher os olhos em suas animações, tornando o anime realista em vários aspectos, tanto na reação dos personagens quanto na reação do próprio ambiente, é lindo de se ver. A história tem seu ritmo certo, sem se atrasar ou se arrastar, é de se assistir sem olhar o relógio, sem lembrar que o tempo passa. Nossa protagonista é uma adolescente descobrindo a vida, mas acima de tudo, se descobrindo ou pelo menos procurando se descobrir. Mais uma vez, um anime que merece ser visto por quem estiver se sentindo meio perdido no mundo. Todos temos essa fase, pra uns é mais longo do que pra outros, às vezes assistir algo que não estava nos planos pode ser o empurrão que você estava precisando. 

Pôster do anime.

Sinopse: Uma menina preguiçosa passa a se ver e se sentir no mundo, procurando se encontrar e se conhecer, com ajuda de um novo amigo. 

Seiji e Shizuku. O destino sempre atraindo os dois.

Trailer:

 

Aladdin (2019)

Aladdin, dirigido por Guy Ritchie, é uma nova roupagem live action para a animação clássica de fantasia, musical, romance e aventura da Disney. Cumpre à risca o desenho original, com algumas adaptações no figurino (talvez para ser menos estereotipado), e com algumas mudanças sutis na história, mas que fazem toda a diferença para se destacar do original. Transformando numa história de superação, tornando um romance mais atual e justo, e por fim, empoderador em plena Arábia. As músicas ainda estão aqui, as clássicas músicas da animação, mais uma música nova, empoderadora, mesmo sendo tocada em um momento complicado, mas oportuno.Vale a pena dar uma conferida, um ótimo filme.

Pôster do filme.

Sinopse: A clássica história do rapaz das ruas que encontra uma lâmpada mágica, e uma princesa rebelde. 
 

O Gênio e Aladdin.

Trailer: