sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Mãe! [Mother!] (2017)

Mãe!, dirigido por Darren Aronofsky, é um filme que em seu fim nos deixa de queixo caído e com sentimentos muito...aflorados. Um filme de terror psicológico e suspense que, ao todo, conta a história de toda mulher em um relacionamento abusivo, mas ainda vai muito além. A trama trata, em resumo, sobre a sociedade construída sobre o trabalho das mulheres, de cuidarem, criarem, consertarem, terem que lidar com homens com egos inflados que só pensam em si e vêem elas como criadas, empregadas e bem materiais. O filme é tenso, denso e agoniante, sentimos que está tudo errado a todo instante, mas isso até as coisas começarem a realmente ficarem loucas. A personagem principal do filme se sente presa, mas não consegue sair, tudo em sua volta está ruindo, as pessoas passam por cima dela como se ela fosse invisível ou fosse insignificante, sendo constantemente posta de lado. Depois da metade do filme temos diversas alegorias usando o relacionamento entre os personagens principais para exemplificar vários conflitos em nossa sociedade, dos religiosos aos sociais (fanatismo religioso, truculência policial, guerras, literalmente tudo isso explode em tela). Todos os personagens são irritantes, a maioria cheia de sadismo. É realmente um filme pesado, mas necessário. Nos faz ter noção do quanto as mulheres sofrem, não só nas mãos de seus companheiros (se houver), mas de todos que vieram desta cultura que as menospreza e as diminui, sejam pais, filhos, irmãos, amigos, colegas, etc. Mãe! é um filme genial e ousado, seu ato final, amarrando as "pontas soltas" são de explodir a cabeça e nos deixar em choque. Um filme que tenho o prazer de recomendar (a quem tiver estômago forte).

AVISO: Ato final com cenas pesadas de violência gráfica.
 
Pôster do filme.

Sinopse: Uma mulher é praticamente ignorada dentro de sua própria casa, e por todos que nela entram. Ao mesmo tempo que coisas estranhas acontecem na/com a casa. No fim, nada é o que, ou quem,  parece.
 
"-O que você é?
-Eu? eu sou o que sou. E você?"

A solidão das mulheres (brancas) num filme agoniante.

Trailer: 
 

2 comentários:

  1. Esse filme...Não tenho palavras pra descrever, acho que todo mundo deveria assistir. Ótima análise

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- Rhanon Guerra