Operação Overlord, dirigido por Julius Avery, é um filme restrito para maiores de 18 anos de ação e terror tão sanguinolento que não temos tempo de decorar nomes, muito menos nos apegar aos personagens antes deles explodirem (às vezes literalmente), pelo menos em seu início. Em alguns momentos, sua fotografia parece escura e cinzenta como um filme de Zack Snyder, mas nada que atrapalhe em distinguir ações dos personagens e coisas do tipo. Como eu disse antes, um filme cheio de sangue e coisas grotescas, cenas de tortura e até uma cena de abuso e estupro. Uma mistura de guerra (e seus já existentes horrores) com o horror de criaturas durante a Segunda Guerra Mundial (mais especificamente, no Dia D {e Hora H kk}). A trama é simples, alguns personagens tem um certo toque de carisma, até mesmo o vilão, mesmo que não tenha profundidade alguma. Na verdade, quase nenhuma "história" no filme tem profundidade, tudo é muito superficial, as coisas só vão acontecendo, com algum contexto à situação da trama, mas sem história sobre o antes ou depois. Um filme de momento mesmo. Vale a pena dar uma conferida caso esteja procurando um filme de ação, mas com MUITO sangue e um toque de horror.
AVISO: Contém muita violência gráfica. Contém cena de abuso e estupro.
Pôster do filme.
Sinopse: No Dia D, paraquedistas tem uma missão "simples", mas descobrem que nada será tão simples depois que chegam ao destino: uma igreja que está sendo usado para criação de coisas que muitos duvidam.
"Boyce, se preocupe com os cadáveres e você será o próximo."
"Algumas perguntas não tem boas respostas."
"As pessoas morrem de maneiras infelizes."
"Um Reich de mil anos precisa de soldados de mil anos."
Toques de terror em meio à guerra, mas qual guerra não tem seus horrores?
Monster Hunter, dirigido por Paul W. S. Anderson, é um filme de fantasia e ação, baseado na franquia de jogos de mesmo nome. O filme se inicia com alguns estereótipos, como o dos militares indo para outro mundo (extremamente parecido com o filme Stargate {leia a análise aqui}), ou no caso de a primeira pessoa a surtar na história ser mulher, mesmo que militar (e acredito que a líder só seja a heroína por conta do relacionamento entre atriz e diretor. Não cabe a mim julgar isso). Após seu início meio conturbado, temos uma mudança interessante de gênero, se tornando um filme com elementos de terror, depois de sobrevivência. O filme realmente pega no tranco quando a trama pisa no freio (BA DUM TSS), pois é aí que vemos a relação entre os heróis sendo explorada de forma muito interessante e com poucas palavras, lembrando (bem superficialmente) o filme The Dead (filme de 2010). Daí até perto do fim o ritmo é ótimo, realmente se torna um filme que surpreende por isso, mas perto do fim, vemos que o diretor volta à sua zona de conforto: militares de volta, mundo humano, e a mudança para ficção científica ao invés de continuar na fantasia. Tudo tem que ser explicado de forma explícita, ao invés de deixar à interpretação do público. De qualquer forma, acaba sendo um bom filme, mesmo que perto do fim tenha se tornado meio broxante, se recuperando nos últimos minutos, e segundo a cena pós-créditos: que venha a continuação.
AVISO: Cenas no início do filme com fortes flashes (risco para pessoas com epilepsia). Contém cenas de violência gráfica.
Pôster do filme
Sinopse: Um grupo de militares em uma missão de resgate encontra uma passagem só de ida para um novo mundo. Muita ação em meio à monstros gigantes.
Uma dupla que entre trancos e barrancos (porradas e torturas), se entende bem no fim.
Cópias - De Volta à Vida, dirigido por Jeffrey Nashmanoff, é um filme de ficção científica e suspense, com um toque de ação em seu ato final, que tem um início tão brega, e com visual tão duvidoso que chega a ser constrangedor, com um roteiro cliché (não que isso seja um problema real), com furos em seus momentos de maior importância, deixando a história com pontas soltas. Além disso, mesmo com nomes conhecidos no elenco, as atuações são no mínimo... estranhas. É um filme que nos deixa com uma sensação de estranheza do início ao fim, seja na sua execução, no seu roteiro, ou a mensagem passada em seu fim, onde um homem com uma compulsão por seu trabalho (no momento em que troca tudo por ele sem medir consequências), que não supera os acontecimentos de sua vida (sim, acontecimentos pesados, mas onde mais uma vez, ele não mede as consequências de suas escolhas, que são em sua maioria sem ética ou escrúpulos, por motivos egoístas) e prejudicando não só a si mesmo (criando um emaranhado de mentiras), mas colocando outras pessoas no meio de suas picuinhas, com um fim no qual os fins justificam os meios (com aquela leve "passada de pano" por ele ser o protetor da família). Um protagonista que lembra muito o do filme 1922 (clique aqui para ler a análise deste filme), mas com motivações diferentes. Um filme que até pode ter uma boa história pra quem não se importa com uns furos de roteiro ou com um personagem que faz tudo da forma mais duvidosa possível pro filme não parar. Assista por sua conta em risco, talvez até curta, e eu sinceramente, não julgo. Keanu Reeves é Keanu Reeves, até nesses tipos de projetos duvidosos. AVISO: Possui uma cena com violência gráfica.
Pôster do filme.
Sinopse: Um cientista põe toda sua loucura pra fora quando perde sua razão de existência. Como se não fosse o bastante, ainda à espaço para uma conspiração, tão duvidosa quanto o filme.
"Meus pacientes não se autodestroem."
Efeitos especiais duvidosos e atuações engessadas, mas não te julgo se acabar gostando.
Sucker Punch - Mundo Surreal, é um filme dirigido por Zack Snyder, de drama e ação, mas com um pouco de tudo, de musical à guerra contra zumbis nazistas movidos à vapor, robôs samurais gigantes ou lutadores, orcs e dragões, à assalto à um trem espacial. entre um verdadeiro fetiche nerd ou um videoclipe da Britney Spears em versão longa-metragem. Um filme cheio de ação, com cenas em câmera lenta e filmografia acinzentada (marcas registradas de Snyder). Além disso tudo, temos aqui muito drama, com a história se passando principalmente num cabaret (será mesmo?). É muito interessante como as cenas de ação transmitem visualmente a força de vontade da protagonista (pelo menos, ao que eu entendi), assim como a dança dela (que nunca aparece, apenas na forma de luta). Sucker Punch tem uma trama simples, dramática e dolorosa, da qual somos distraídos pelas cenas de ação exageradas e até mesmo a versão disfarçada em forma de cabaret, escondendo a realidade ainda mais sombria, bem menos sensual e colorida, lembrando muito o filme O Labirinto do Fauno em sua ideia. Um ótimo filme, com uma história pesada, mesmo que simples, em meio à muitas explosões, tiros e porradaria em salto alto e minissaias.
AVISO: Contém tentativas de abuso e estupro. Contém cenas com bastante erotismo.
Pôster do filme.
Sinopse: Através da realidade e fantasia, uma garota tenta fazer seu caminho para fora de um hospício/cabaret, através de sua força de vontade/dança/estilo de luta.
"Ponha para for a dor. Ponha para fora o sofrimento. Ponha para fora a culpa. O que você está imaginando agora, esse mundo que você controla, pode ser real quanto qualquer dor."
"Veja bem, sua luta por sobrevivência começa agora. Você não quer ser julgada? Não será. Acha que não está forte o bastante? Você está. Você está com medo. Não fique. Tem todas as armas de que precisa. Agora lute."
"Quem não luta por alguma coisa, cai por qualquer coisa."
"As palavras de pouco valem se não forem acompanhadas de ações."
Uma filmografia que parece ter saído direta dos quadrinhos
Filme sugerido por Guídia Andrade. Espero que goste da análise. 💓💓💓
Traídos Pelo Destino, dirigido por Terry George, é um filme de drama com um toque de suspense, baseado no livro Reservation Road de John Burnham Schwartz. Um filme fortemente emocional, com ótimas atuações que nos passam de forma extremamente crível os sentimentos de luto, culpa, desespero e raiva. A trama gira em torno de dois pais após um "acidente", em um início (e até a forma de um dos protagonistas de lidar com a situação) que lembra(m) MUITO o filme Fratura (clique aqui para ler a análise), e conforme o desenrolar da história, vemos que os dois passam por várias coincidências "inevitáveis". A tensão no filme é presente de início ao fim, é incrível como o clima é pesado, como sentimos raiva junto, como sentimos a dor junto, e como até entendemos a culpa (de ambos os personagens). É muito interessante notar como após a fatalidade, quem era visto como um bom pai passa a se distanciar da família, e aquele que era distante ou indiferente passa a se tornar um pai melhor. Mais um ponto interessante (entre os vários) levantado(s) pelo filme é que dos dois lados da história, tanto da vítima quanto do culpado, internalizar os sentimentos e emoções é um sinal enorme de autodestruição. Os dois pais entram em guerra, mas entre si próprios, um lutando contra sua própria raiva, ferindo seus mais próximos, e o outro tentando fugir de sua culpa, se segurando aos seus mais próximos para fugir de sua responsabilidade. O clímax do filme, o confronto final, é de nos deixar na ponta da cadeira de tanta ansiedade, e nos deixa com questionamentos importantes na questão da justiça, independente da nacionalidade: O que é justiça? Qual o melhor tipo? Qual traz o maior sentimento de satisfação? Alguma justiça preenche o sentimento de vazio? E se não, o que preenche? Se ambos os homens tivessem deixado seus orgulhos de lado e tivessem, talvez, procurado ajuda profissional, teriam chegado aonde chegaram? Traídos Pelo Destino é um ótimo filme, merece ser assistido por sua história, reviravoltas, atuações, e posso dizer que talvez seja até necessário em tempos de violência gratuita,tendo em mente estes questionamentos, mas a ideia central da trama seria a frase de Ghandi: "Olho por olho e o mundo acabará cego.
Pôster do filme
Sinopse: As vidas de dois homens e suas famílias se entrelaçam a partir que um "acidente" ocorre. Uma história com muita raiva e culpa envolvida, mostrando quais linhas pessoas podem cruzar em momentos de desespero.
"Não me deixe nervoso!"
"Não tem ideia do que fez comigo." "Não vamos pensar sobre isso, Grace."
"O que você disse é um ponto de vista perfeitamente válido." "O que há de errado com você?"
"Não quero você brigando. Veja onde as brigas nos levaram."
"Paulie Ferrari não precisa que bata nele pra saber que fez algo errado, está me entendendo?"
"Às vezes as coisas acontecem e fogem do seu controle, e procura ao seu redor outra pessoa para culpar, e são nessas horas que tem que aguentar firme e ser um homem."
"Por que não podemos falar sobre isso?"
"Estou tentando descobrir como viver! Como não enlouquecer!"
Filme sugerido por Julio Cesar Guerra. Espero que goste da análise. 💓💓💓
Até o Último Homem, dirigido por Mel Gibson, é um filme biográfico de guerra e drama muito interessante, com várias camadas, baseado no documentário The Conscientious Objector de Terry Benedict. Em partes: Temos os efeitos que traumas pós guerra causam nos homens, os tornando mais violentos (serem mais insensíveis e sádicos pode fazer parte do "pacote", além de se tornarem alcólatras, ou terem algum outro vício) para quem os cercam. Temos também como um objetor de consciência (pessoa que segue princípios contrários aos princípios militares, sejam princípios religiosos, moradia ou éticos) é (ou era) tratado no exército. E por fim, temos uma interessante comparação dos princípios religiosos cristãos aos princípios japoneses, onde um é visto como verdade, bondade e justiça, outro é visto de forma demonizada justamente por ter a mesma visão sobre seus próprios princípios. Até o Último Homem segue a história de um rapaz que teve seu primeiro contato com o conceito de morte muito cedo (com seu pai sendo ex militar e muito violento por ter sido muito afetado com as mortes de seus companheiros) e depois, com seu trauma de infância (quase homicídio), onde sua criação religiosa o ajudou a formar seu caráter e a trilhar seus princípios (próprios e religiosos, um confronto entre ambos). As atuações são ótimas, executadas por um elenco já experiente. O primeiro ato do filme apresenta o protagonista e sua história até entrar na força militar, no segundo ato, presenciamos da humilhação ao julgamento sofrido por ele, e no terceiro ato temos a ação do filme e a realidade do combate (ou massacre) ocorrido durante a Batalha de Okinawa, na Segunda Guerra Mundial, com MUITO sangue e feridas expostas. Um filme emotivo e ao mesmo tempo violento, assista já sabendo o que te espera. Eu diria que é a história do Capitão América do mundo real.
AVISO: Contém cenas de violência gráfica. Contém cenas de abuso físico e psicológico.
Pôster do filme.
Sinopse: Um rapaz desde cedo tem contato com a morte e aprende que matar é fácil. Tendo uma criação, ao mesmo tempo, altamente violenta e religiosa, ele tem seu caráter e valores construídos daí. E em tempos de guerra, faz sua escolha.
"É como se eu morri com vocês.
Como se nós nunca tivéssemos existido."
"Ele odeia a si mesmo, às vezes."
"- Pensei que gostaria.
- Talvez, se tivesse perguntado."
"Por sorte, ele morreu e nunca viu como seu uniforme estava horrível."
"Se existe um problema, você deve ser o problema."
"Enquanto alguns tiram vidas, eu estarei salvando."
"Atirem em tudo que não fale inglês."
"Ajude-me a salvar mais um.
"Fez muito mais do que qualquer homem poderia fazer a serviço de seu país."
Tenet, dirigido por Christopher Nolan, é um filme, no mínimo, complexo de ação e ficção científica. Nolan, com sua visão complexa como sempre, nos entrega um filme que se parece, pelo menos nos detalhes e efeitos, com seu filme anterior A Origem (clique aqui para ler a análise). O enredo até certo ponto é até simples, apenas um pouco maçante pela história não se desenvolver tanto em certos pontos, até, pelo menos, metade do filme, onde percebemos a verdadeira reviraVOLTA e realmente começamos a voltar. Mais um filme que cabe MUITAS teorias sobre o que realmente está acontecendo, mas o que podemos deduzir realmente é que o protagonista (chamado de Protagonista mesmo) está preso em uma história da qual não tem tanto o direito de escolha. Conforme a trama se desenvolve, temos uma noção maior disso, mas o mais interessante é como a partir desta reviravolta na metade do filme, as "surpresas" se perdem e as coisas parecem não nos pegar tão desprevenidos, talvez seja essa a questão de se "brincar" com o tempo: o que esperamos não tem o poder de nos surpreender. As atuações são ótimas, os personagens tem seu carisma e seu brilho, além da relação entre si que é muito bem construída (ou manipulada). Um ótimo filme, com questões físicas interessantes demais, por mais que não façam sentido na maioria das vezes, ainda assim é lindo de se ver.
AVISO: Contém cenas de abuso físico e psicológico.
Pôster do filme
Sinopse: Em uma operação, um espião tem seu primeiro encontro com um "invertido", a partir daí, uma nova ferramenta é adicionada ao seu trabalho. Uma ferramenta que pode destruir o mundo.
"Vivemos na escuridão. Sem amigos no crepúsculo."
"No meu entender estamos tentando evitar a Terceira Guerra Mundial."
"Veja, meu amigo, armas nunca levam a uma negociação produtiva."
"Bem, senhor, nossos clientes usam nossos serviços porque nossa maior prioridade são os bens deles."
"Mentir é o procedimento padrão de o operação."
"Somos quem salva o mundo do que poderia ter sido."
Feitiço do Tempo, dirigido por Harold Ramis, é um clássico da comédia dramática e romântica, que tem até alguma ação. Aqui temos um recurso fantástico utilizado em muitos filmes e outras histórias, a repetição de um período de tempo, uma espécie de viagem no tempo que causa um loop. Ao chegar no fim do período, o personagem retorna ao ponto de inicio. No filme, isso só começa a acontecer depois de algum tempo, nos deixando conhecer um pouco de cada personagem, principalmente o protagonista, um homem como a maioria, egocêntrico e orgulhoso, que ao mesmo tempo que se vê superior aos outros, ainda consegue se menosprezar ao não buscar melhorias para si. Mas aí vemos que ele pode piorar. Pode ser aproveitador, pode se colocar em risco e colocar os outros em risco também. Pode tirar vantagem de situações e pessoas, principalmente mulheres, usando-as apenas como instrumento de prazer. Isso até cair no tédio. E a eternidade é entediante. É aí que entendemos como Feitiço do Tempo é mais do que uma comédia ácida com um protagonista otário (nas palavras do próprio). Questões de filosofia e psicologia (principalmente sobre a questão existencial) começam a aparecer de forma tão natural que assusta, e vemos que todos podemos mudar, todos podemos melhorar, e assim como na série The Good Place (clique aqui para ler a análise), o que importa é o motivo, o porquê, para conseguirmos chegar no como. Mesmo com um final que se tornou (ou já era) cliché, Feitiço do Tempo é um clássico atemporal, e talvez, necessário para muitas pessoas hoje em dia. Precisamos melhorar como pessoas, e quanto mais exemplos para chegarmos lá, melhor. De início podemos nos identificar com pequenas ações do egocêntrico personagem, e podemos ver pouco a pouco o que o faz ser melhor, quais os gatilhos para isso acontecer, quais experiências ativam este lado dele, e se ativam o que já tem ou aprendeu a ser sua melhor versão. Claro que por ser um filme de comédia, o protagonista se torna um tipo de Super-Homem, sendo o melhor que ele poderia ser (até mesmo para todos e em tudo o que faz), mas ele tinha a eternidade a seu favor para isso. Nós só temos nossa vida, onde podemos acabar não sendo o melhor para todos, mas ao menos para nós mesmos. Um ótimo filme, recomendo com prazer.
Pôster do filme.
Sinopse: Um egocêntrico meteorologista se vê posso à um dia que detesta, o Dia da Marmota. Uma montanha russa de sentimentos e emoções.
"Quem me vê entrevistando uma marmota pensa que sou um fracassado."
"E se não houver o dia de amanhã? O dia de hoje não existiu."
"Não me preocupo mais com nada."
"Talvez ele esteja bem.
Não, acho que agora não."
"A pior parte é que amanhã você se esquecerá disso e me tratará como otário de novo."
"Não importa o que aconteça amanhã ou pelo resto da minha vida, estou feliz porque eu amo você."
A Nova Ordem Espacial, dirigido por Jo Sung-hee, é um filme coreano de ficção científica, ação, comédia e drama como só eles sabem fazer. Um filme que apesar do aspecto tecnológico e espacial, traz muitas (e ótimas) questões de outro filme coreano, Parasita (clique aqui para ler a análise deste filme), principalmente na seriedade de sua história ser levada com leveza entre várias piadas e brincadeiras. Um ponto genial do filme é a questão da linguagem utilizada, não é pelo filme ser coreano que todos os atores (coreanos ou não) falem sua língua principal, muitos atores falando em inglês e espanhol, tudo justificado pelo roteiro, que está sempre trazendo reviravoltas que nos pegam de surpresa à todo instante. O filme que em meio à ação desenfreada ou comédia estilo "pastelão", traz críticas quanto aos fins justificarem os meios, seja pelo lado dos heróis ou dos vilões, além da crítica principal no embate dos pobres, no filme, chamados de estrangeiros, (pessoas exploradas por trabalho bruto com baixa renda, pessoas sem condição financeira para serem enviadas ao Paraíso) contra a elite (quem mantém este sistema de Inferno e Paraíso atrelado ao dinheiro, decidindo quem é cidadão e estrangeiro), isto fica tão claro durante o filme, que percebemos que em nenhum momento os varredores querem destruir o Paraíso, só estão procurando uma forma de sobreviver, mesmo que no Inferno. Lembrando que por mais que estas nomenclaturas estejam sendo usadas no filme, ainda se trata completamente de uma ficção científica super tecnológica. Certamente é um filme que merece ser conferido, seja por seu poder de entretenimento com sua ação, comédia e efeitos especiais de ponta, ou por seu drama que faz emocionar bastante e críticas ácidas sem aviso prévio.
Pôster do filme.
Sinopse: Um grupo de varredores espaciais desordeiros se mantém "pagando para trabalhar" enquanto se metem em uma conspiração que põe o Inferno em risco, o único lar possível à estes que não tem dinheiro para ir ao Paraíso. Assim começa a história de uma futura família.
"A Terra era um símbolo de vida. O espaço, de morte."
"Por que mostrar o dinheiro? Se não vai me dar, por que contar?"
"Ser pobre é pecado, ou sou pobre porque pequei?"
"Se for cidadão, pressione um.
Estrangeiro, pressione dois."
"Essas pessoas serem ricas é coincidência."
"Agora vê quem é você de verdade?
Você não é um homem bom.
Nunca será uma pessoa melhor.
Você acabou de perder a chance de se tornar uma.
Sorria.
Melhore essa cara!
Você acabou de ganhar na loteria!"
Fim do Mundo, dirigido por McG, é um filme de aventura e ficção científica que torrou minha paciência em 15 minutos, mas que me entreteve ao fim. Ele se inicia com cenas sérias sobre uma invasão alienígena, com mortes e tudo mais, para depois virar um filme "besteirol" com crianças, usando um humor no mínimo duvidoso. Neste momento, cheguei a desistir do filme, mas como não costumo ser assim, deixando o filme pela metade (nesse caso ainda estava o início), retornei, e queimei a língua. Assim que a invasão se inicia, o filme toma um rumo completamente diferente. Temos um pouco de terror, ação e até drama. Até as piadas que antes eram absurdamente ridículas passam a ter mais graça, trazendo várias referências e homenagens à franquias nerds. A filmografia é interessante, e os efeitos especiais são bons. O roteiro é recheado de clichés, com um pouco de Stranger Things, Super 8 (clique aqui para ler a análise), e filmes sobre acampamentos. Por fim, após alguns minutos torturantes que se deram depois do início, o filme soube se encontrar e mergulhou de cabeça ao se levar a sério (mesmo que com uma história ridícula de tão cliché) e nos dar um filme sem medo de ser mais "adulto" mesmo com seus atores (que foram muito bem, por sinal). para quem gosta de filmes de invasão, vale a pena dar uma conferida.
Pôster do filme.
Sinopse: 4 adolescentes em um acampamento devem não só tentar sobreviver, mas impedir uma invasão alienígena de ter sucesso.
4 adolescentes prestes a salvar o mundo? Onde foi que já vi isso antes?
Death Note: Iluminando um Novo Mundo, dirigido por Shinsuke Sato, é o quarto filme da franquia japonesa Death Note, precedido pela web-minissérie Death Note: New Generation (clique aqui para ler a análise). Cheia de ação, suspense e muito drama, é um filme eletrizante, trazendo novas regras e informações, além de novos jogadores, do jogo dos cadernos da morte. Cheio de reviravoltas loucas e inimagináveis, quase caindo em alguns clichés pra depois jogar na nossa cara que fomos feitos de bobos e lançar mais uma reviravolta louca, é basicamente assim do meio para o final. O início, depois de algumas cenas de perseguição e ação (e ao menos uma cena de arrepiar tudo), traz um pouco mais de drama, ou pelo menos a calmaria antes da tempestade, pois parece que tudo vai desmoronar em algum momento. E quando acontece, é muito maior do que imaginamos. Aqui não tiveram medo de inovar na história, talvez os personagens não são quem pensamos, talvez algo esteja errado, a trama pode mudar de curso à qualquer momento sem deixar pra traz seu legado. O Novo Mundo é o mesmo de sempre, a diferença são quantos Kiras e Ls estão por aí fazendo suas guerras particulares, com fogo cruzado em meio à vários inocentes (e outros nem tão inocentes assim). Ao fim, temos um gancho pra mais Death Note, mas o que nos espera no futuro é incerto. Como diz a cena no pós créditos, foi tudo planejado. Pois então veremos, estou aqui com a pipoca pronta pra mais guerra. Recomendo esse (talvez momentâneo) fim da franquia, principalmente aos que chegaram até aqui.
Pôster do filme.
Sinopse: L e Kira ressurgem, cada um à sua forma. As questões são: Quantos Kiras existem? O que pretendem os Shinigamis?
"Um Death Note é a ferramenta de um Shinigami para controlar a expectativa de vida de um humano."
"É difícil acreditar que um simples caderno tenha causado tantas mortes!"
"- Quantas regras o Death Note possui?
- Isso nem os Shinigami sabem."
"Eu sou Kira. Eu controlo a vida e a morte dos humanos."
"Kira é Deus. Os humanos não podem vencer."
"Você pode lamentar quando um homem morre, mas quando muitos morrem o pesar é grande demais."
"Vou confiar no DNA do L."
"Você foi o único portador do Death Note que ficou são."
Death Note: New Generation é uma web-minissérie japonesa de três episódios curtos. Dirigida por Shinsuke Sato, cheia de drama e reviravoltas, continuando a história a partir dos filmes anteriores, até 10 anos após o último filme, principalmente o filme solo de L (clique aqui para ler a análise), cheio de referências. Cada episódio é focado em um personagem e o contexto ao qual estes se encontram: Um investigador e sua força-tarefa, L e seus parceiros e Kira. Até este momento, cada história acontece em paralelo, com pequenas referências uma à outra. Apesar do universo muito falar, estamos em um novo caminho onde tudo pode acontecer, algo problemático aos conservadores, mas divertido a quem está aberto à esta nova experiência. New Generation é um ótimo recomeço, um novo ponto de partida, que faz primorosamente seu serviço, apresentar os novos caminhos e novos rostos, preparar terreno para o próximo filme. Então é isso, nos vemos lá. Recomendo essa minissérie para quem chegou até aqui. Certamente derruba o gosto de "quero mais", com vários ganchos para o futuro, várias questões em aberto.
Pôster da minissérie.
Sinopse: Um investigador conta sua inexperiência com Death Note, mas mostra ter sabedoria, quando Kira ressurge. L mostra seu potencial e experiência como investigador. E Kira nos conta sua história, seu legado, e sua primeira experiência com o Death Note.
"A arma de destruição em massa mais terrível."
"Essa é a justiça feita pelos seres humanos. A vida é realmente injusta."
"Eu sou Kira. A pessoa que despertou o Death Note."
"Kira, eu também o tenho."
"Estou sentindo o efeito das mortes, algo que não sinto há dez anos."
"Serei superior ao L."
"Kira é Deus. Kira é Justiça."
"Pra fazer dessa merda de mundo um lugar melhor."
"Não mereço ser feliz."
Death Note: L Change the World, dirigido por Hideo Nakata, é um spin off (filme avulso à franquia, ou com história paralela) dos filmes de Death Note, de suspense, cheio de drama, com alguma ação e terror. Seu início se passa antes do primeiro filme (clique aqui para a análise), mas logo depois se passa nos últimos 23 dias de L, no segundo filme (clique aqui para a análise). Vemos como L aproveitou seus últimos dias, e para entender alguns elementos do filme, é necessário assistir aos 2 anteriores. As atuações são um pouco estranhas no início, mas acredito que por conta da mudança de linguagem (inglês, japonês, italiano, francês. L é um verdadeiro poliglota!). A trama é bem básica, ligada à um vírus mortal à solta, uma conspiração, uma garotinha em perigo e a humanidade em risco de extinção por alguém com um pensamento parecido ao de Kira. O filme contém algumas cenas de terror (com uma maquiagem meio estranha) ligadas ao rápido efeito do vírus, e cenas de ação ligadas às ações do grupo terrorista. As cenas de morte (relacionadas ao vírus) são agoniantes, mesmo que a maquiagem tenha sido duvidosa, as atuações nos momentos das mortes agonizantes dão pura agonia na gente. No fim das contas, chega a ser um filme divertido, com muito drama e cenas de ação no universo de Death Note. Vale a pena dar uma conferida se assistiu aos filmes anteriores, e neste caso, pelo final fazendo referência à um personagem do material original que foi "deixado de lado" na adaptação.
AVISO: Cenas de violência gráfica.
Pôster do filme.
Sinopse: Se enganou quem achou que os últimos 23 dias de L foram tranquilos. Pode-se dizer que foram os mais produtivos.
"12 segundos antes do que planejei. Ela é muito boa."
"Esse é o último nome a ser escrito no Death Note."
"Se há muitos, tudo o que precisamos fazer é diminuir o número."
"Parece que não vai ser tão silencioso quanto eu esperava."
"A humanidade deve ter o poder de mudar seu futuro."
"Não importa o quanto tente, você sozinho não pode mudar o mundo. Mas este é o lado bonito do mundo."
L tem sua própria maneira de enxergar e sentir o mundo.
Death Note: O Último Nome, dirigido por Shunsuke Kaneko, é o segundo filme da trilogia Death Note e sequência direta do primeiro filme. Mantendo o suspense e adicionando mais ação, Death Note se mostra quase um jogo de xadrez de 2h de duração, com planos mirabolantes levando à reviravoltas inimagináveis. Adaptando o último arco da história original onde vemos que assim como Kira mata quem atrapalhar seu caminho ao Novo Mundo, L também pode atropelar pessoas e seus direitos para alcançar seus objetivos e vencer "o jogo". MUITOS elementos da história foram enxugados, deixando a trama mais direta, com os personagens já apresentados à história anteriormente tendo bem mais destaque e trazendo um "final alternativo" ao material original. As atuações continuam impecáveis, conseguindo passar bem os sentimentos ligados à trama louca. Ao fim, temos um bom desfecho, não tão impactante ao universo da franquia como no original, mas talvez a sequência mude isso. Até este momento, recomendo a franquia. Mesmo para quem não conhece sua trama, é uma ótima adaptação, bem fiel ao material original sem deixar de ter sua própria originalidade.
Pôster do filme.
Sinopse: O embate entre assassino e detetive se torna mais direto, mas desta vez Kira tem ajuda para trazer seu Novo Mundo de paz e justiça à realidade.
"O humano cujo nome é escrito nesse caderno irá... Morrer."
"Eu sou o Segundo Kira."
"Vocês precisam aceitar Kira. Então criaremos um novo futuro com ele."
"Como você pode ver, eu tenho os Olhos. Deixe-me ver seu Shinigami que eu o deixo ver o meu.
"L e Kira estão próximos...?"
"As leis são uma prova de que os humanos estão lutando para que sejam íntegros."
Quando o sentimento de dívida se confunde com amor.
Death Note: O Primeiro Nome, dirigido por Shunsuke Kaneko, é um filme japonês de suspense sobrenatural que adapta parte do mangá de mesmo nome escrito por Tsugumi Ohba. Este é o primeiro de uma sequência de adaptações à história, este em específico adapta, aproximadamente, metade da história original e de forma bem fiel. Todos os elementos da história original estão no filme (tirando os monólogos internos dos personagens, deixando muitas de suas motivações para interpretação do público) muito bem adaptados e sem mudanças no tom da história ou com atuações caricatas. Na verdade, as atuações, principalmente para uma história que veio de mangá e anime, são sérias e condizentes com as situações apresentadas. O protagonista (que para uns é um herói, para outros, é um vilão) foi muito bem adaptado, de forma mais crível, enquanto o antagonista está tão qual o material original, seja sua aparência ou seus trejeitos, mas nada que atrapalhe "o andar da carruagem". Talvez muitos estranhem a aparição da criatura (com uma computação gráfica um pouco estranha, mas só mostra como ela é fora de nossa realidade) numa história que se mostra tão séria, mas faz parte do material original e dá melhor base à base sobrenatural da trama. Uma das melhores adaptações que já assisti. Recomendo, mas lembre-se que este é só o início da franquia, este termina com um grande gancho para o filme seguinte.
Pôster do filme.
Sinopse: Um estudante de Direito cansado da justiça dos homens, passa a fazer sua própria justiça com seu caderno da morte.
"E quais seriam os seus limites?"
"Somente o Death Note pode criar um mundo perfeito, sem crimes."
"Eu sou a Justiça."
Um assassino frio e calculista ou um herói estratégico e injustiçado?
Filme sugerido por Julio Cesar Guerra. Espero que goste da análise. ❤❤❤
Milagre na Cela 7, dirigido por Mehmet Ada Öztekin, é um filme turco de drama, refilmagem de um filme coreano de 2013. Um filme que muitos afirmam ser bonito, e pode até ser, mas não achei. Não acho bonito ver pessoas sofrendo, muito menos por conta de injustiças. Por isso, pode ser bem feito, bem executado e bem atuado como for, mas não direi que é bonito, pois não se romantiza (ou não deveria se romantizar) sofrimento. Além disso, aqui não estamos numa montanha russa emotiva, simplesmente não há altos e baixos, até o fim, só vamos ladeira abaixo, com cada vez mais e mais injustiças e desgraças ocorrendo em vidas alheias. A história se passa em 1984, numa Turquia em transição de lei marcial (governo militar) à democracia (eleições), e vemos como a preocupação principal do governo é manter a imagem e criar exemplos (com muita hipocrisia e mentiras), mais uma vez, com os meios justificando seus fins. Um filme com ótimas atuações, assim como sua fotografia e trilha sonora. O roteiro lembra uma versão alternativa e sem comédia do filme Juror 8 (clique aqui para ler a análise deste filme), onde um homem com deficiência intelectual é preso por um crime que não cometeu, mas neste caso, não é dado chance alguma ao indivíduo, mostrando como o sistema jurídico e carcerário (e os homens, em geral) pode(m) ser facilmente manipulado(s). Milagre na Cela 7 é um filme muito bom, com todo seu drama pesado e questões interessantes, mas não é um filme com uma história bonita de se ver.
AVISO: Contém cenas de tortura.
Pôster do filme.
Sinopse: Um homem com deficiência intelectual é preso por um crime que não cometeu. Só quem pode ajudar é o "gigante caolho", mas até lá, vai apanhar e sofrer MUITO, mas MUITO MESMO.
De agora em diante não haverá pena de morte na Turquia.
"Porque seu pai tem a mesma idade que você."
"Não chame adultos de crianças, senhor. Aqueles anarquistas que chamamos de crianças quase incendiaram o país."
"O gigante caolho viu, Ova."
"- Chame o responsável.
- Os militares estão no comando."
"Quem de nós é um pai tão bom quanto ele? Quem nesta ala tem tanta consciência da paternidade?"
"Mas aqui é um hospital, querida. Estes caras estão todos doentes."
"Uma atração para o show. Só isso."
A situação que mais acompanha Memo durante sua jornada é a tortura.
Filme sugerido por GUÍDIA ANDRADE. Espero que goste da análise. ❤❤❤
Fratura, filme de drama, suspense e terror psicológico dirigido por Brad Anderson, começa com aquela sensação de "tem algo errado aqui" que logo passa pra "ok, tem algo muito errado aqui". Passei o filme inteiro com uma sensação enorme de déjà vu, talvez por muitos filmes deixarem de propósito aquela sensação que falei antes. Aqui, nos são deixadas várias dicas bem escancaradas de que algo está acontecendo, sejam papéis trocados, inconsistências na história contada, as reações do protagonista ou personagens que o cercam. Tudo é muito óbvio, mas nos prende à ver no que vai dar, e o fim não desaponta, pelo contrário, ainda que eu não tenha achado de todo surpreendente, ainda foi chocante. Nosso protagonista se enxerga como herói em sua própria história e narrativa, no melhor estilo "quer enganar quem?". Um protagonista que lembra em muito o do filme 1922 (clique aqui para ler a análise deste filme) em várias questões, mas principalmente em tudo ter que ser conduzido à sua maneira, independente de ser a forma certa ou errada, para ele, o fim justifica os meios, por mais deturpados que estes sejam. Nossas suspeitas, conforme o roteiro vai se desenrolando, são confirmadas, e "tudo está errado". As atuações são ótimas, a filmografia vai nos guiando aos detalhes a serem percebidos, nos conduzindo de forma objetiva, infelizmente até nos "chamando de bobos" em alguns momentos. Ainda assim, um filme que nos prende, e que nos entrega o que esperávamos, uma história insana, contada de forma não tão original, mas que não tem nada de errado nisso, e o faz de forma bem executada e pesada. Um filme para se assistir quando quiser algo sério, e talvez, que o deixe "em choque".
AVISO: Contém algumas cenas de violência gráfica.
Pôster do filme.
Sinopse: Um pai e sua filha sofrem um acidente. Será? Talvez. Alguém pode provar que sim? Alguém pode provar que não? Que loucura, não é? É.
"Precisamos parar de nos enganar, Ray. Nós estamos... Mal. Estamos há muito tempo."
"Eles não tinham."
"Cedo ou tarde todo mundo cai. Não é, papai?"
"Então quem é Abby?"
Momento onde a desgraça acontece (mas já vinha sendo anunciada há tempos).
Jiu Jitsu, filme de ação com momentos de terror e uma história que gira em torno de ficção científica, dirigido por Dimitri Logothetis, baseado em uma história em quadrinhos escrita pelo próprio. Porque filme ruim também é bom (ou não kkk). Um filme de lutas marciais que, diferente do nome, dá pra contar nos dedos quantos golpes de Jiu Jitsu são dados durante todo o filme. De início ao fim temos todos os clichés possíveis de um filme de ação dos anos 80/90. Um herói sem memória, um exército inteiro que convenientemente está desarmado pros artistas marciais "caírem na mão", a ligação familiar oculta entre certos personagens, câmeras lentas e cortes de câmera para distrair as coreografias de luta LENTAS (essa é uma característica das últimas décadas), atuações medíocres e que dão vergonha alheia. Começando com uma cena de perseguição longa com efeitos visuais duvidosos e efeitos sonoros que dão nos nervos, me segurei para não desistir, sem saber que ainda ficaria pior. Com um início que vai e volta sem parar, cheia de rodeios e que não adiciona nada à trama, com um alívio comigo de dar vergonha pelo o que estamos assistindo e pelo papel que tal ator teve que fazer (espero que tenha valido a pena, de coração), e logo depois virando uma cópia descarada do filme Predador (sério, dos "poderes" da criatura à ambientação, tudo lembra esse filme, sem o suspense e terror característico). Para não dizer que é de todo ruim, algumas decisões de filmografia foram uma ótima experiência (mesmo que muito mal executada), como a visão em primeira pessoa em algumas cenas de ação no início, que apesar de ter sido má coreografada (tenho que dar colher de chá, notamos a trabalheira que deu, e coragem do diretor não faltou). Depois de um tempo assistindo, parece que meu cérebro simplesmente se desligou e comecei a curtir a viagem, pelo menos até próximo do seu fim vergonhoso kkk. Veredito? Assista por sua conta em risco, se quiser assistir algo com muita pancadaria sem sentido, e uma história com menos sentido ainda.
AVISO: Contém violência gráfica.
Pôster do filme.
Sinopse: Um homem sem memória se vê entre o exército (incompetente) e uma antiga lenda local, que se mostra não ser apenas uma lenda.
"- Precisamos saber se você está do nosso lado.
- Contra quem? "
"Ninguém nunca entende o que quero dizer."
"Não há honra em matar loucos."