Feitiço do Tempo, dirigido por Harold Ramis, é um clássico da comédia dramática e romântica, que tem até alguma ação. Aqui temos um recurso fantástico utilizado em muitos filmes e outras histórias, a repetição de um período de tempo, uma espécie de viagem no tempo que causa um loop. Ao chegar no fim do período, o personagem retorna ao ponto de inicio. No filme, isso só começa a acontecer depois de algum tempo, nos deixando conhecer um pouco de cada personagem, principalmente o protagonista, um homem como a maioria, egocêntrico e orgulhoso, que ao mesmo tempo que se vê superior aos outros, ainda consegue se menosprezar ao não buscar melhorias para si. Mas aí vemos que ele pode piorar. Pode ser aproveitador, pode se colocar em risco e colocar os outros em risco também. Pode tirar vantagem de situações e pessoas, principalmente mulheres, usando-as apenas como instrumento de prazer. Isso até cair no tédio. E a eternidade é entediante. É aí que entendemos como Feitiço do Tempo é mais do que uma comédia ácida com um protagonista otário (nas palavras do próprio). Questões de filosofia e psicologia (principalmente sobre a questão existencial) começam a aparecer de forma tão natural que assusta, e vemos que todos podemos mudar, todos podemos melhorar, e assim como na série The Good Place (clique aqui para ler a análise), o que importa é o motivo, o porquê, para conseguirmos chegar no como. Mesmo com um final que se tornou (ou já era) cliché, Feitiço do Tempo é um clássico atemporal, e talvez, necessário para muitas pessoas hoje em dia. Precisamos melhorar como pessoas, e quanto mais exemplos para chegarmos lá, melhor. De início podemos nos identificar com pequenas ações do egocêntrico personagem, e podemos ver pouco a pouco o que o faz ser melhor, quais os gatilhos para isso acontecer, quais experiências ativam este lado dele, e se ativam o que já tem ou aprendeu a ser sua melhor versão. Claro que por ser um filme de comédia, o protagonista se torna um tipo de Super-Homem, sendo o melhor que ele poderia ser (até mesmo para todos e em tudo o que faz), mas ele tinha a eternidade a seu favor para isso. Nós só temos nossa vida, onde podemos acabar não sendo o melhor para todos, mas ao menos para nós mesmos. Um ótimo filme, recomendo com prazer.
Pôster do filme. |
Sinopse: Um egocêntrico meteorologista se vê posso à um dia que detesta, o Dia da Marmota. Uma montanha russa de sentimentos e emoções.
"Quem me vê entrevistando uma marmota pensa que sou um fracassado."
"E se não houver o dia de amanhã? O dia de hoje não existiu."
"Não me preocupo mais com nada."
"Talvez ele esteja bem.
Não, acho que agora não."
"A pior parte é que amanhã você se esquecerá disso e me tratará como otário de novo."
"Não importa o que aconteça amanhã ou pelo resto da minha vida, estou feliz porque eu amo você."
"E se não houver o dia de amanhã? O dia de hoje não existiu."
"Não me preocupo mais com nada."
"Talvez ele esteja bem.
Não, acho que agora não."
"A pior parte é que amanhã você se esquecerá disso e me tratará como otário de novo."
"Não importa o que aconteça amanhã ou pelo resto da minha vida, estou feliz porque eu amo você."
Trailer:
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- Rhanon Guerra