Filme sugerido e dedicado ao meu pai, Paulo Guerra. Este é um de seus filmes preferidos. Espero que goste da análise. 💓💓💓
O Purgatório, dirigido por Uli Edel, é um filme de faroeste, com um toque de romance e fantasia sombria (onde elementos de fantasia se misturam à locais reais ou personagens históricos) produzido para ser exibido no canal TNT. Um filme que começa como muitos faroestes, muitos tiros, poeira, fumaça, bandidos de boca torta e sorrisos amarelos, e aquela câmera tremida em qualquer cena de ação. As coisas mudam mais tarde, com todo o resto do filme se passando num vilarejo pacato, onde os tiros são trocados por diálogos, uma história instigante (apesar da surpresa ser "estragada" pelo próprio título, mas são coisas que acontecem), personagens lendários dos faroestes americanos e uma folmografia mais estável (nossa labirintite agradece). A história parece usar como base um pouco da Divina Comédia, escrita por Dante Alighieri, mas adaptada com todos os tipos de clichés dos faroestes e sua base cristã (os mal feitores que se arrependem depois de toda uma vida dos piores crimes possíveis, para poderem ter sua redenção, aqui acontecendo literalmente). Não é de todo mal, é feito de forma satisfatória, e até fora da caixinha. Pessoalmente, a única falha foram ter abandonado todas as regras postas até então para termos de volta um faroeste básico, ainda assim, foi feita de boa forma, voltando aos trilhos da mitologia criada por todo o filme. Pode ter sido algo mais do que furo de roteiro? Pode (há muito simbolismo entre todos os costumes cristãos do vilarejo e o guia espiritual ser indígena, como se os moradores seguissem regras sem saber de fato se são garantia), mas eu acredito que foi só pra ter um tiroteio legal para fechar com chave de ouro. E fez bem o seu papel. Um bom filme de faroeste que fica entre o básico e interessante, mas diverte bem. Recomendo uma olhada.
Pôster do filme. |
Sinopse: Um bando de bandidos em fuga chega num vilarejo onde nada é o que parece... a não ser que pareça O Purgatório.
"Nem sempre o que escrevem é o correto."
"Aos que forem no meu ritmo, nos vemos em Chihuahua. Aos demais, os encontrarei no inferno."
"Agradeceria se não falassem insultos durante sua permanência em Refúgio, exceto na taberna, claro."
"Ele é capaz de disparar numa pomba por cantar pela manhã."
"Isso é o que as balas fazem."
"Algumas más escolhas, e um homem pode perder sua alma."
Trailer:
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- Rhanon Guerra